quarta-feira, 27 de agosto de 2014
Bar é poesia (Chiados)
Chiados
(luiz alfredo motta fontana)
Sonhei em 78 rpm
Amei em LP
Confundi em estéreo
Filosofei em quadrifônico
Reaprendi em CD
Te revejo em MP3
Bar é poesia (Melhor é a noite)
Melhor é a noite
(luiz alfredo motta fontana)
Melhor é a noite,
a calma pausa entre ausências,
fino véu que esconde o olhar.
Melhor é a noite,
distraída, revelando o contorno
do estar só
em repouso.
Nela, o calar não grita,
apenas espera
o adormecer.
Bar é poesia (não rima)
não rima
(luiz alfredo motta fontana)
passado pode dar em samba
bolero, tango ou blues
mas...
sabe bem o poeta
passado não rima com cotidiano
terça-feira, 26 de agosto de 2014
Bar é poesia (nu)
nu
(luiz alfredo motta fontana)
sem fardos,
sem gavetas,
sem sequer segredos.
livre de bibliotecas,
acumuladas durante incertos anos,
trilhas e canções,
antes em gravações,
agora tímidas notas,
em assovios roucos
nenhum álbum,
ou mesmo fotos,
apenas as imagens retidas na memória.
esquecido dos anéis de doutor,
a lição que resta,
é antiga,
a zabumba,
do Caminho Suave.
sem culpas,
sem desculpas,
sem álibis.
livre,
leve,
nu.
feliz?
talvez,
não fosse aquele verbo
perdido
junto ao verso
que já não existe.
perdido
junto ao verso
que já não existe.
segunda-feira, 25 de agosto de 2014
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