domingo, 24 de agosto de 2014
Bar é poesia (Nus)
Nus
(luiz alfredo motta fontana)
Numa noite
nos vestimos
apenas com o luar
nessa noite
éramos, eu e tu
éramos um só
embora dois
mas sobretudo
éramos nus
Veio o dia
despertamos
eu e tu
ainda nus
No momento seguinte
sem que alguém nos visse
percebi, já vestido
teu aceno ao longe
Já não éramos
nem dois
nem um
nem nus
Hoje quando passeio ao luar
meu sorriso, que se esconde
desperta
por um instante
diz que fui
diz que fomos
nele acho até
que ainda somos
Nós
nus, num relance unos
sábado, 23 de agosto de 2014
Bar é poesia (tateando em baixos relevos)
tateando em baixos relevos
(luiz alfredo motta fontana)
Há algo, de impune, na autora de charadas
enquanto mistério
há algo, de triste, na mesma mulher
quando resta desnudo
o que antes era segredo
Há algo...
além do conhecido umedecer
Bar é poesia (De volta ao ninho)
De volta ao ninho
(luiz alfredo motta fontana)
Noite em tons de malte
Mesa em estratégica distância
Música ambiente nos anos sessenta
tempo de recuperar
Do enredo havido
apenas tênues imagens
tempo de sorrir
Noite em tons de malte
luares em cubos
distraídos olhares
De volta ao ninho
- garçon, troque o cinzeiro!
Assinar:
Postagens (Atom)