quinta-feira, 7 de agosto de 2014
Bar é poesia (ainda...)
ainda...
(luiz alfredo motta fontana)
não
não perdi o orgulho
apenas o prazer de o desfilar
não
não desisti da vida
ao contrário
a redescobri
ou melhor
a descobri nos intervalos
não
não aprendi a saída
sei agora
que está além de mim
não
não guardei rancores
evito somente
o mal-estar de certos reencontros
sim
ainda sonho...
ainda sinto
ainda choro
ainda...
e...
por certo
ouço música
quarta-feira, 6 de agosto de 2014
Bar é poesia (A garota do adeus)
A garota do adeus
(luiz alfredo motta fontana)
Um dia
lhe entregou o adeus...
Delicado, leve,
em tons de azul,
com retoques em prata.
Feito da mais pura solidão,
torneado a fogo,
com o brilho transparente da angústia.
A textura flexível,
de quem enfim compreendera...
Ela aceitou,
insistira tanto por ele.
Embrulhou num sorrir,
guardou na própria tristeza,
ao lado do velho desistir...
Até hoje, nas tardes,
e prenúncios da noite,
ela brinca
ele sempre a mão.
Nunca mais só
a garota do adeus
terça-feira, 5 de agosto de 2014
Bar é poesia - O Scarpin
O Scarpin
(luiz alfredo motta fontana)
Esguio
veste várias etiquetas
desfila em alamedas
salões, e até cafés.
Esculpido
posto que é arte
estações após estações
Cruel
sobre ele, o desafio
poucas sobrevivem
A elegância agradece!
Bar é poesia (Inspiração)
Inspiração
(luiz alfredo motta fontana)
encontro o tom
calço o estilo
danço o bolero
já teu decote
inspira
a mirar-te em tango
segunda-feira, 4 de agosto de 2014
Bar é poesia (Hora imprópria)
Hora imprópria
(luiz alfredo motta fontana)
um oi interrompido
ainda nu
quedou-se junto aos afagos
um talvez envergonhado
cobriu-se
prometendo retornar
no chão
um verso ainda cru
testemunhou a ousadia
já a poesia
agendava datas
e horas nuas
Bar é poesia (E por falar em GPS)
E por falar em GPS
(luiz alfredo motta fontana)
Certas esquinas guardam poesia
Certos caminhos entoam canções
Certos vagares revelam surpresas
Incerto?
Só o caminhar de quem está só!
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