terça-feira, 21 de outubro de 2014
Bar é poesia (Aconteceu)
Aconteceu
(luiz alfredo motta fontana)
Numa manhã
reconheci meu olhar
Já não sei de ti
o nome
o jeito
Só reconheço
o toque
de um banho frio
segunda-feira, 20 de outubro de 2014
Bar é poesia (Um poemeto bordado)
Um poemeto bordado
(luiz alfredo motta fontana)
Poesia pode bordar?
Impunemente!
O verso pode marcar?
Tal qual a linha
Transformando o tecer!
Dúvidas...
Uma só resposta conhecida
Poetas podem admirar bordados
Além dessa verdade
Resta...
Um desejo contido
Vestirás meus versos?
sábado, 18 de outubro de 2014
Bar é poesia (Vida Prêt-à-porter)
Vida Prêt-à-porter
(luiz alfredo motta fontana)
mantenha-se erecta
capriche nas sombras
acerte as luzes
troque calorias
por curvas de estilo
cubra-se com arte
escale scarpins
mas...
não tolha o sentir
não esconda o olhar
liberte os hormõnios
respire sem medo
si vous n'avez pas...
o manequim não suporta
transforma-se em peso
cede a passarela
o desastre a abraça
le défilé se termine
sem que a vida
acompanhe
o alçar vôo do prazer
sexta-feira, 17 de outubro de 2014
Bar é poesia (E por falar em angústia...)
E por falar em angústia...
( Tendo o SUS como musa )
(luiz alfredo motta fontana)
Estranhos corredores
O caos veste comportadas filas
Aqui e acolá,
uma declaração de bravura,
outra de descrença,
um murmúrio de cansaço,
dão cor à passividade face ao descaso
Com sorte,
quiçá a douta figura,
em branco,
ouvirá tuas dores.
O certo é que encaminhará o exame,
tal qual o previsto,
na ficha antes conquistada
Hipócrates ausente
Kafka dá plantão
Mas...
Acreditem...
Ainda assim,
existe humor
Estranha maneira de chorar
quinta-feira, 16 de outubro de 2014
Assinar:
Postagens (Atom)