quinta-feira, 16 de outubro de 2014
Bar é poesia (Poemeto dolorido)
Poemeto dolorido
(luiz alfredo motta fontana)
Parece mito
Tem um toque de tragédia
Articula sotaques não só do Egeu
Apoiada por uma rede de amigas
Muito próxima de intrigas
É citada como exemplo
Porém paga preço alto
É só entre convivas
É inteira entre paredes
É livre somente em sonhos
Não vive, recorda
Não estremece, soluça
Abdicou aos amores
Instituição inexpugnável
Embora ainda traga
Delicadas marcas de roubados afagos
quarta-feira, 15 de outubro de 2014
Bar é poesia (Flagrante)
Flagrante
(luiz alfredo motta fontana)
Ao vestires esses versos
com um sorriso
mesmo que acanhado
Ao tingires teus olhos
com ternura
mesmo que inesperada
Serás mais que musa
te flagarás
nua e cúmplice
terça-feira, 14 de outubro de 2014
Bar é poesia (Paradoxo?)
Paradoxo?
(luiz alfredo motta fontana)
De um lado a pequenhez do continente
De outro a vastidão do contido
Por sorte
a poesia antecede a pena
Fina ironia?
Talvez…
Tal qual a Avenida Paulista, ela independe do transeunte
Bar é poesia (que o adeus não desafine...)
que o adeus não desafine...
(luiz alfredo motta fontana)
Que o tempo traduza preguiça
que os pássaros apreciem o blues
que as sombras dancem tangos
o luar minuetos
Que a praça seja conhecida
seu banco conforto
que o vento seja suave
Que haja luar
iluminando as cifras
...para que o adeus não desafine
segunda-feira, 13 de outubro de 2014
Bar é poesia (O sonho)
O sonho
(luiz alfredo motta fontana)
Quando o poeta sonha
Quando a poesia é manto
A musa sobre o linho
então acorda
Entre versos espreguiça
A dor que a consome
Entre versos espreguiça
A dor que a consome
então amaina
E viver é possível
E viver é possível
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