segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Manhã de Carnaval - Al di Meola - Paco de Lucía - John McLaughlin

DEXTER GORDON, Manhã De Carnaval (Morning Of The Carnival) (Bonfa/ Maria)

FRANK SINATRA 'Manhã de Carnaval''( a day in the life of a fool).wmv

Baden Powell - Manha de Carnaval (1970)

Bar é poesia (Cinzas)



Cinzas




(luiz alfredo motta fontana)



no olhar, o sonho

nos lábios, vestígios 

nos gestos, o cansaço

no corpo, a fantasia rasgada

na avenida, recordações em confetes esquecidos

Bar é fotografia - Franz S.





"Late Summer Love"

Franz S.

Bar é poesia ("Alegria antiga")



"Alegria Antiga"



(luiz alfredo motta fontana)





Quando você passar
entre Pierrots e Columbinas
quando você gingar
ao repicar dos tamborins

Seguirei o corso
mesmo que atravessando
o samba e a avenida
vestindo a fantasia
de "Alegria antiga"

domingo, 10 de agosto de 2014

Giuseppe Di Stefano "Ti voglio tanto bene"

Giuseppe di Stefano "Passione"

Era de maggio - Roberto Murolo

Bar é fotografia - Brian Day





Brian Day

GIUSEPPE DI STEFANO ''MARIA MARI''

R. Murolo , (Totò) Malafemmena

Roberto Murolo - Aggio Perduto 'o Suonno

Bar é poesia - Pai



Pai


(luiz alfredo motta fontana)





Teu olhar
minha herança
Teu silêncio
lição branda
Tua benção
minha desculpa



Nicolino Copia (Copinha) - CADÊNCIA - Joventino Maciel

Saxofone Porque Choras - Abel Ferreira (Ratinho)

Paulo Moura - Naquele tempo (choro)

Bar é fotografia - Hugo Romano





"time to read"

Hugo Romano

Bar é poesia (Três lacunas)



Três lacunas



(luiz alfredo motta fontana)



Três são as ausências
consentidas 
íntimas 
compõem a biografia

Vestiram matizes de cinza
em sombras
os relevos distorcem
culpas despidas de medo
dançam velhos minuetos

Três são as lacunas
as tenho 
preservo
em meio à tristeza
as brindo









sábado, 9 de agosto de 2014

The Bill Evans Quartet - As Time Goes By

Chet Baker - a taste of honey

Paul Desmond - El Cóndor Pasa

Bar é poesia (Um Beijo)



Um beijo



(luiz alfredo motta fontana)






Solto
ao pé do poema
na sombra úmida dos versos
um beijo espreita
à espera da musa
que distraída vagueia em prosa

Autumn leaves - Miles Davis

Paul Desmond - Time After Time (1959)

George Russell, "Ezz-thetic"

Bar é fotografia - Stefan Beutler





"fragile"

Stefan Beutler

Bar é poesia (não adianta...)



não adianta...


(luiz alfredo motta fontana)



por mais que tentes
por mais que recuses
escondas, finjas
e até reajas
ainda assim
teu olhar transborda
em chuva fina

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Edu Lobo - Embolada

les swingle singers - JAZZ SEBASTIEN BACH 9/23 - Sinfonia dalla Partita...

Bar é arte - Serge Marshenikov





"the sun throught a thin curtain"

Serge Marshennikov

Bar é poesia (O teu dormir)



O teu dormir





(luiz alfredo motta fontana)






Teu dormir
estampa o último prazer
Tua pele
repousa em suave confissão
Tuas mãos
retém promessas

Teu corpo
testemunha em curvas
teus desejos

O olhar
te despe e reveste
Teu dormir
umedece o sonhar

Oscar Castro Neves e Cris Delanno - Chora Tua Tristeza (HD)

Mais um Adeus - Vinicius de Moraes

Paulinho da viola - Meu Mundo é hoje (Eu sou assim)

Bar é poesia (Nu, de nós dois)




Nu, de nós dois



(luiz alfredo motta fontana)







A mesa
a mesma, ao canto

O malte
em copo baixo, e gelo

O olhar
distraído, como sempre

A diferença
0 estar nu, de nós dois

Bar é fotografia - Hataiiia Hataiiia





"Carlotta Champagne"

Hataiiia Hataiiia

Bar é poesia (Velha canção)




Velha canção




(luiz alfredo motta fontana)





Enquanto danças
em palcos outros
Há sede nos versos
para além do poema


Enquanto o coro
busca adivinhar
teus próximos passos
guiados no rigor
de inédita música


Aqui, no velho balcão
entre um trago e o copo
a pausa fria
de tua ausência
dá novo arranjo à velha canção

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Empty Chairs At Empty Tables - Ramin Karimloo

Bar é poesia (Mesa Vazia)



Mesa Vazia



(luiz alfredo motta fontana)




Enquanto houver
uma só mesa vazia para ocupar
Mesmo que distante
mesmo que ao canto
Haverá a possibilidade de um verso
entoado como refrão
ocupando sutilmente
o abandono

Nela pedirei copo e gelo
O aroma do carvalho
dando sentido ao poema
iludirá o desconforto
mesmo que finda a cena

Stella by Starlight - The Cannonball Adderley Quintet

Cannonball Adderley - Stardust

CannonBall Adderley quintet - Bohemia After Dark

Bar é arte - Richard "Dicky" Lee





"If Tomorrow Ever Comes"

Richard "Dicky" Lee

Bar é poesia (ainda...)




ainda...




(luiz alfredo motta fontana)








não
não perdi o orgulho
apenas o prazer de o desfilar

não
não desisti da vida
ao contrário
a redescobri
ou melhor
a descobri nos intervalos

não
não aprendi a saída
sei agora
que está além de mim

não
não guardei rancores
evito somente
o mal-estar de certos reencontros

sim
ainda sonho...
ainda sinto
ainda choro
ainda...

e...
por certo
ouço música

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

jack teagarden/a cottage for sale

Nat King Cole A Cottage For Sale

mel tormé/a cottage for sale

Bar é fotografia - Mark-Meier Paluksht





"Hat"

Mark-Meier Paluksht

Bar é poesia (A garota do adeus)




A garota do adeus





(luiz alfredo motta fontana)






Um dia
lhe entregou o adeus...
Delicado, leve,
em tons de azul,
com retoques em prata.


Feito da mais pura solidão,
torneado a fogo,
com o brilho transparente da angústia.
A textura flexível,
de quem enfim compreendera...


Ela aceitou,
insistira tanto por ele.
Embrulhou num sorrir,
guardou na própria tristeza,
ao lado do velho desistir...


Até hoje, nas tardes,
e prenúncios da noite,
ela brinca
ele sempre a mão.


Nunca mais só
a garota do adeus

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Roda Viva | Juca de Oliveira | 04/08/2014

TOMMY DORSEY Orch.- Tea For Two - Cha Cha, arr.& cond. by Warren Covington

The Sound of Silence (Original Version from 1964)

Bar é arte - Jacqui Faye





Jacqui Faye





Jacqui Faye

Bar é poesia - O Scarpin



O Scarpin



(luiz alfredo motta fontana)








Esguio
veste várias etiquetas
desfila em alamedas
salões, e até cafés.

Esculpido
posto que é arte
estações após estações

Cruel
sobre ele, o desafio
poucas sobrevivem

A elegância agradece!

Bar é arte - Richard Yong





"Passion Dance Painted 14"

Richard Yong

Bar é poesia (Inspiração)



Inspiração



(luiz alfredo motta fontana)






encontro o tom
calço o estilo
danço o bolero

já teu decote
inspira
a mirar-te em tango 

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Barbara - 1962 Tu ne te souviendras pas

Bar é poesia (Hora imprópria)



Hora imprópria




(luiz alfredo motta fontana)




um oi interrompido
ainda nu
quedou-se junto aos afagos

um talvez envergonhado
cobriu-se
prometendo retornar

no chão
um verso ainda cru
testemunhou a ousadia

já a poesia

agendava datas
e horas nuas

Bar é fotografia - Don McCrae





"Marion - VII"

Don McCrae

Bar é poesia (E por falar em GPS)




E por falar em GPS



(luiz alfredo motta fontana)






Certas esquinas guardam poesia
Certos caminhos entoam canções
Certos vagares revelam surpresas

Incerto?
Só o caminhar de quem está só!

domingo, 3 de agosto de 2014

sábado, 2 de agosto de 2014

Barbara ma plus belle histoire d'amour c'est vous

Lucienne Delyle - Tu n'as pas très bon caractère (1957)

Mireille Mathieu - Comme d'habitude ( My way )

Juliette Greco - Parlez-moi d`Amour

Bar é fotografia - Kristina Varaksina





Kristina Varaksina

Bar é poesia (Da impossibilidade)



Da impossibilidade




(luiz alfredo motta fontana)





Era um tempo

em que 

driblando a magia

o querer
rimou com teu não 

Bar é fotografia - Kesha Rudenko





"Lonely Night on the Boardwalk"

Kesha Rudenko

Bar é poesia (Crônicas de guerra)




Crônicas de Guerra








(luiz alfredo motta fontana)









Combates existem
deixando suas marcas
de frio e abandono
ao meio da esperança

Memórias sobrevivem
eivadas de espanto
tingidas com tristeza
sob o fardo de desculpas encomendadas

Lutas existem
em suas escaramuças o revelar
o estar só
guardando teimosamente o lume

Sobreviventes persistem
unidos pelo mesmo sentir
portando os mesmos olhares
perdidos na ausência de horizonte

Meninos que um dia se encantaram
trazendo com eles
o mesmo brilho
furtado de breves luas

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Chet Baker and Enrico Pieranunzi - Here's That Rainy Day

Bill Evans - Here's That Rainy Day (Verve Records 1968)

Here's That Rainy Day (Frank Sinatra - with Lyrics)

Bar é fotografia - Danny Santos II





"lady with umbrella"

Danny Santos II

Bar é poesia (Chuva fina)




Chuva fina




(luiz alfredo motta fontana)







Certas manhãs têm chuva fina
temperatura amena
úmido o ar


Momentos incertos
têm tua ausência
úmidos
serenos
mesmo que tristes


Manhãs com chuva fina
sem trovões
só murmúrios
um lento escorrer
pelas frestas do tempo


Certas manhãs têm seus momentos
em quase todos
tua umidade

Neil Sedaka - Laughter In The Rain [w/ lyrics]

Bar é fotografia - Michel Magin





Mädchen im Licht

Michel Magin

Bar é poesia (Cena insólita)




Cena insólita



(luiz alfredo motta fontana)







Não apareça de surpresa
Não ouse obter o flagrante
Não saberia o que dizer

Como explicar?
Não tem como negar
Depois de vagar sem rumo
resolvi...

Fiquei íntimo
de tua ausência

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Roberto Murolo 'O marenariello

Charge do dia





Sinfrônio - Diário do Nordeste - Fortaleza, CE

Edu Lobo - Resolução

Dona Dilma no país da hipocrisia, uma ode ao "Mercado"






O "Mercado" e Dilma discutem a relação.



O imbróglio Santander/Dilma ao menos produz um magistral artigo de Josias de Souza que o Blogbar transcreve:

"Demissão de analista do Santander é hipocrisia

Josias de Souza

30/07/2014 07:21 (Blog do Josias)



A três meses da eleição presidencial, o mercado financeiro vive o seguinte drama: metade da equipe de analistas está nervosa porque Dilma diz que a economia vai bem mas sabe que ela está mentindo e prepara ajustes para o caso de ser reeleita. A outra metade da equipe de analistas está nervosa porque Dilma diz que a economia vai bem e sabe que ela acredita mesmo nisso e não preparou nenhum ajuste. E Dilma está nervosa porque não sabe se diz que fará ajustes que ainda não preparou ou se prepara os ajustes e não diz. Ou vice-versa.
Foi contra esse pano de fundo confuso que o Santander enviou aos seus correntistas endinheirados um boletim sustentando a tese segundo a qual o sucesso eleitoral de Dilma potencializará a deterioração da conjuntura econômica. A plateia não viu a cara do autor do texto. Mas o vazamento da análise fez dele —ou seria ela?— o fantasma mais execrado da República.
O presidente do PT, Rui Falcão, chamou o desconhecido de terrorista. Lula vestiu saia no hectoplasma: “Essa moça não entende porra nenhuma do Brasil”. E endereçou um conselho para Emilio Botín, presidente mundial do Santander: “Ô, Botín, é o seguinte, meu querido: manter uma mulher dessa num cargo de chefia, sinceramente… Pode mandar embora. E dá o bônus dela pra mim, que eu sei como falo.”
Dilma preferiu o timbre de ameaça. “É inaceitável”, ela disse. “É inadmissível”, vociferou. “Eu vou ter uma atitude bastante clara em relação ao banco.'' Emparedado, o companheiro Botín veio à boca do palco para informar que o Santander teria enviado ao olho da rua a pessoa que redigiu o tal informe. Absteve-se de dar pseudônimo aos bois. A sinceridade do gesto é tão confiável quanto o catolicismo do banqueiro que se persígna ao passar pela porta de uma igreja.
Sendo o percentual de admiração e bondade das casas bancárias e dos operadores do mercado muito reduzido, o melhor a fazer antes de sair por aí dando urros, patadas e destilando ódio contra um fantasma, é reparar no ridículo que permeia a cena. Ganha um cargo de direção no Santander e um troféu de ingenuidade quem acreditar que uma análise de conjuntura chegaria às mãos dos correntistas mais ricos de um dos maiores bancos do mundo com conteúdo alheio ao pensamento da casa.
Admita-se, para efeito de raciocínio, que a análise anti-Dilma seja obra solitária de um fantasma com CPF e RG. Nessa hipótese, seu crime teria sido o de deitar sobre o papel raciocínios econômicos sussurrados por onze de cada dez analistas de mercado. Seu propósito não seria o de influir no vaivém das pesquisas, mas o de orientar os investimentos da clientela bem-posta do Santander. Uma caciquia que frequenta a tribo dos que conservam algo como R$ 2 trilhões investidos em fundos mútuos no Brasil —o grosso alocado em títulos da dívida pública.
Essa gente não está interessada na opinião de Rui Falcão, de Lula ou de Dilma. Essa gente quer ganhar dinheiro. E os ganhos aumentam na proporção direta dos desacertos da política fiscal do governo. Funciona assim: o Tesouro gasta mais do que o fisco arrecada. Em vez de apertar o cinto, a Fazenda recorre à criatividade contábil.
Para cobrir suas despesas, Brasília endivida-se até a raiz dos seus cabelos, dos meus, dos nossos cabelos. Não resta ao Banco Central senão elevar a taxa de juros. E ao Tesouro, pagar a remuneração necessária para se manter solvente. Em vez de investir na produção de copos e palitos de fósforos, a tribo dos fundos mútuos investe no papelório do governo. E o PIB definha. Nesse ambiente, a tempestade produzida pela análise do fantasma do Santander surte o mesmo efeito de um tablete de Alkaseltzer: é tempestade num copo d’água. O máximo que pode produzir é a migração para outros bancos dos clientes que se julgarem mal aconselhados.
O que provoca a lipoaspiração dos índices de Dilma nas pesquisas não são as análises do mercado, mas os efeitos que a inflação exerce na rotina dos assalariados e dos beneficiários do Bolsa Família. Esse pedaço do eleitorado está interessado no café com leite, não nos boletins do Santander. Num país inflacionário, seu principal problema é que sobra cada vez mais mês no fim da remuneração.
Nesse contexto, a suposta demissão de um analista-fantasma do Santander é mera hipocrisia. Se a moda pega, haverá um desemprego em massa no mercado financeiro. Se Lula e o petismo querem mesmo socorrer Dilma, é melhor esquecer os fantasmas e tentar convencê-la de que atribuir todos os desacertos econômicos à crise financeira internacional é o caminho mais longo entre o projeto reeleitoral e sua realização."

Bar é fotografia - Jim Phelps





Eve V

Jim Phelps

Poesia do dia (O gato)




O gato




(luiz alfredo motta fontana)




testemunha?

um gato rente ao muro

o luar entreabria a cena
a mesma rua, o mesmo portão
a cumplicidade das 3:10 da manhã

tudo era igual
ou quase...

pela simples razão
que teu dormir
agora é solitário

e o gato?

já esgueira em novo jardim

terça-feira, 29 de julho de 2014

Et si tu n'existais pas - Joe Dassin - French and English subtitles.mp4

Charge do dia





Pancho - Gazeta do Povo - Curitiba, PR

Renato Carosone - Luna Rossa testo

Bar é fotografia - Boris B.





Boris B.

Bar é prosa (Uma prosa com aroma de poesia!)



Uma prosa com aroma de poesia!





(luiz alfredo motta fontana)









Aprendi com Vinícius que amigos não são feitos, mas reconhecidos.

E assim vivi, reconhecendo um aqui, outro acolá.

Nunca os tive em quantidade, nem os quis assim, sou daqueles que precisam de um tempo, de um rito, de uma razão, de um momento.

Entretanto, por vezes, fui tomado pelo assombro, rodeado de convivas, tão duradouros quanto as festas, tão solícitos quanto os valetes de bons restaurantes.

Por vezes me vejo deserto de amizades, desprovido de cumplicidade, deslocado em minha mesa, estrategicamente ao canto, encantadoramente distante, embora ao alcance de um aceno.

Mas ainda assim, os amigos, eu os tenho, alguns em repouso, em algum endereço, que já não mais frequento, mas donos de meu apreço.

Outros, talvez, em compartilhada saudade, e civilizado respeito ao silêncio.

Poucos, insisto, mas meus.

Vários, por seu turno, foram os eventuais convivas, que por alguma razão desfiaram preces de amizade eterna, embora nunca os tenha percebido fraternos.

Esses, por vezes, como surgem, desaparecem, retornam ao palco, a espera de um novo conviva, com um novo sucesso em posar.

Lembram roupas de época, datadas, com nenhuma possibilidade de serem outra vez vestidas, apenas testemunhas de circunstâncias, trechos de um enredo, quando muito, partícipes de um descuidar.

Aprendi com Vínícius.

E agora sei.

Poucos são os parceiros.

Raras as composições.

Econômicos os versos.

Mas...

Linda a poesia!

Bar é fotografia - Igor Amelkovich




Igor Amelkovich

Poesia do dia (O garoto que já fui)




O garoto que já fui




(luiz alfredo motta fontana)






Teu viço,
já não possuo

Teus sonhos,
de quase todos acordei

Teus medos,
deram-me certezas

Tuas lutas,
desenharam minhas cicatrizes

Tua verdade,
meu credo

Teu sorriso,
ainda guardo

Teu olhar,
meu guia

Tua tristeza,
minha assinatura