Bar é poesia (Era uma vez o Adeus...)





Era uma vez o Adeus...






(luiz alfredo motta fontana)









O adeus não preve
pontes e retornos
Apenas acena
disperso no horizonte


Mesmo os versos
nada retêm
além de teu vulto
seminua e distante


resta dizer
era uma vez...

para então sorrir
despido de tua nudez

Bye Cybele





Cybele Ribeiro de Sá  Leite Freire 
(foto de Carlos Castilho)
03/05/1940 - 22/08/2014


Nas canções, que me fazem trilha, 
existem vozes que não deveriam partir, 
por vezes, partem 
Caymmi , Vinicius, ao lado de Baden,
as acolhe.
(luiz alfredo motta fontana)



Bar é poesia (Balcão de bar)



Balcão de bar





(luiz alfredo motta fontana)






entre doses
e cigarros
a ausência de planos

o que restou
do amor de ontem
faz companhia

nenhuma tensão
além da eventual
lembrança de curvas

Bar é poesia (Era uma vitrine)



Era uma vitrine




(luiz alfredo motta fontana)






Era uma vitrine
Era um casal

Ele, mais que noventa
Ela, desconfia-se, mas não aparenta

Era uma vitrine
Uma rua
Uma noite
Poucos gatos, nem tão pingados

Era um casal
Ele, alegre
Ela, sorridente

Era uma vitrine
E nela, ao lado do sax,
delicados violinos

Era um casal
Neles, a poesia