terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Bar é poesia (A festa era certa)




A festa era certa





(luiz alfredo motta fontana)







No meio do brinde
o desconforto

A festa era certa
o copo correto
cristal límpido

A bebida
a de sempre

O que destoava
era a certeza da falta

Seria a tua?
Seria a nossa?
Seria...

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Bar é prosa (O bar, a tarde, e o final de ano)




O bar, a tarde, e o final de ano



(luiz alfredo motta fontana)








Tarde calma, como devem ser as tardes do derradeiro dia do ano, nas casas os sonhos começam a ser lavados, as cozinhas já antecipam o aroma dos temperos e carinhos, os freezers começam atingir suas temperaturas idealizadas.

O bar, fechado para descanso, mal responde ao acender das luzes laterais, o balcão reina absoluto, frente ao ordenado descansar de mesas e cadeiras.

Ao ligar o som ambiente, entremeado de blues e MPB, reconhece o arranjo de um Tamba Trio que percorreu tantas noites em boêmia recém descoberta, numa São Paulo ainda ingênua, nos anos sessenta.

- Não se faz balanço de anos. Pensou, para concluir: - Esse proceder é próprio das instituições financeiras, o que se faz, numa tarde de 31 de dezembro, é apenas escolher as memórias que irão ficar.

Como parceiro e cúmplice, empunhou o copo baixo, desde sempre, o baixo, o cristal no limite, e nele o suave tom do scotch, diluindo-se em gelo.

Algo de egoísmo permeia um bar vazio, algo de liberdade poética contribui com o olhar, e com o recordar.

A mesa 7, e seus habitués, a mesa 9 em que brindara a última despedida, a mesa 13, dos afoitos, e a singela mesa 3 em que hoje habita uma saudade.

Na mesa 3, por muito tempo, quando sorvia ainda a primeira dose das noites de um tempo breve, tivera a companhia discreta e aristocrática de um velho amigo. Não confessava, nem precisava, mas era a mesa mais terna, a mais representativa do estar simplesmente no bar.

Na sequência, o som. já entoava Caymmi e o doce mistério de um mar, o mesmo mar que sempre banhara seus sonhos, e que também apagara suas palavras na areia. Quanta juras de amor eterno, quantas promessas de dispensar adeus.

A tarde, em bossa já não tão nova, ocupava todo o salão, a saudade abraçava o sorrir, e o olhar, sempre perdido, buscava enfim o conforto de seu colo.

Feliz ano novo!

(31/12/2008)

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Araken Peixoto - Someone To Watch Over Me

Patti Austin "Street of Dreams" - Someone To Watch Over Me

Joe Pass - Someone To Watch Over Me

Seldon Powell - Someone To Watch Over Me

Someone to Watch Over Me / Ann Burton

Nina Simone - Someone To Watch Over Me

Hank Jones - Someone To Watch Over Me

John Stevens - Someone To Watch Over Me

PLATTERS- SOMEONE TO WATCH OVER ME

Someone To Watch Over Me - George Gershwin plays his own composition on ...

Someone To Watch Over Me - Perry Como - 1954

Stanley Turrentine 05 "Someone to Watch Over Me"

Someone to Watch over Me - Dave Brubeck

Coleman Hawkins - Someone To Watch Over Me - Los Angeles, March 9, 1945

Etta James - Someone To Watch Over Me (1962)