segunda-feira, 25 de agosto de 2014
Bar é poesia (Poemeto cruel)
Poemeto cruel
(luiz alfredo motta fontana)
Passara a vida colecionando
de frases à bulas
com método e disciplina
para ao final
compreender
O alívio
morava no descarte
domingo, 24 de agosto de 2014
Bar é poesia (Dizem...)
Dizem...
(luiz alfredo motta fontana)
Dizem...
Que construímos mundos
Confortáveis, seguros, apreciados...
Cercados, por vezes floridos
Uma orquídea aqui, outra acolá
Depois, estremecemos
Passamos ao cuidar
Barreiras, muros altos, portas, sete chaves
O mundo fica "mundinho"
aprisionando
Qual gaiola o Bem-te-vi
Dizem que existem outros
Descuidados, sem essas manhas
Sem jardins, afora as praças
Sem quadros na parede, até pela ausência delas
Sem criados, mesmo que mudos
Levam consigo apenas o olhar,
E no olhar, o já visto e o porvir
Dizem que diversos, quase que avessos, seguindo seus caminhos,
mesmo que paralelos, apartados
Uns
com o mapa feito, com o chegar já conhecido
Outros
levados pela brisa, com o pousar não previsto
Dizem...
É a forma que encontraram
Para carimbar o estranho
Mas...
Apesar do dito...
Valeram os breves momentos havidos
Quando a lua se fez cúmplice
Quando a carícia se vestiu de afago
Quando terno era o desejo
Que mesmo assim queimava como lume
Afora isso o aprendizado...
Melhor ter vivido
do que apenas
o sonho
ter mantido aprisionado
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