sexta-feira, 10 de outubro de 2014
Bar é poesia (Os "costumes" e a poesia)
Os "costumes" e a poesia
(luiz alfredo motta fontana)
Em meio a versos
sob luares
A que antes o vitimara
em frio descarte
no jogo da vida
Agora
despe-se
liberta de "costumes"
Torna-se
liberta de "costumes"
Torna-se
enfim, musa
quarta-feira, 8 de outubro de 2014
Bar é poesia (Uns)
Uns
(luiz alfredo motta fontana)
Um
Te vê mulher
Um
Te sabe fêmea
Um
Te conhece ternura
Um
Te sente desejo
Um
Te toca carinho
Um
Te descreve carícia
Todos...
compõem minha face
respiram meus versos
exprimem meus gestos
terça-feira, 7 de outubro de 2014
Bar é poesia (O melhor da gente)
O melhor da gente
(luiz alfredo motta fontana)
O melhor da gente
traduz ternuras, delicadezas
O melhor da gente
sorri naturalmente
O melhor da gente
desconhece o joio
O melhor da gente
existe na manhã
O melhor da gente
mora neste verso
segunda-feira, 6 de outubro de 2014
Bar é poesia (por vezes...)
por vezes...
(luiz alfredo motta fontana)
quando o poema acaba
quando a musa é despedida
o poeta finge...
enquanto conjuga
o verbo lembrar
sábado, 4 de outubro de 2014
Vai, Hugo Carvana, vai encantar, vai!
Hugo Carvana (4 de julho de 1937 - 04 de outubro de 2014)
Morre Hugo Carvana.
Com ele morre um cadinho do humor que ainda insiste em nos redimir.
Com ele, algumas de minhas lembranças, perdidas na busca de um acorde redentor, de um estribilho novo, de um refrão desassombrado.
Santo humor, cínico, malicioso, escorrendo num copo baixo entre malte e gelo.
Morre Carvana, quase à francesa, sem sequer acenar, morre como se apenas estivesse trocando de bar, esquecido de deixar o endereço.
Vai, Hugo, encantar outras mesas, vai, vagabundo, vai, daqui do meu canto deixo uma lágrima escorrer.
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