Bar é poesia (O "tal" do amor)




O "tal" do amor




(luiz alfredo motta fontana)








Que não prenda
diz a afoita

Que não cobre
diz o tímido

Que acrescente
diz a empreendedora

Que seja eterno
diz o crédulo

Que se baste
diz a preguiça

Que apareça
digo, e repito!

Bar é poesia (E por falar em John Wayne)



E por falar em John Wayne




(luiz alfredo motta fontana)









O Início
Poeira ao longe
aproximando-se...

O enredo
intrigas, festas,
copos cheios
duelos verbais, decepções,
copos vazios 

O inesperado
beijos roubados
da menina que nascera
com quatro ou cinco
futuros sobrenomes possíveis
todos antecipadamente aprovados,
e quase registrados

O romance
Sob luares
sonhos, ilusões
com estilo, com afeto,

O esperado
Quase ao fim
mudanças pequenas
mas significativas
no cenário, no diálogo
Ao mais
um certo cansaço,
torpor,
um sorriso persistente, o olhar
de novo perdido

O final
Poeira ao longe
distanciando-se...