Bar é poesia (Como de hábito...)



Como de hábito...





(luiz alfredo motta fontana)









A mão
em descanso
O pescoço
levemente tenso
O olhar
disperso
As pernas
cruzadas

O tempo
escorre em suave canto

Conjugamos conversar
displicentemente
Nas entrelinhas
pequenos detalhes

Conjugo absorver
hesito
em dúvida

Qual?
Qual destes?
tentando capturar todos
pequenos
reveladores
moveres
embebidos em sutilezas
prenhes de ti

Não ouso apontar nenhum
Adio o despir

Como de hábito...
Abraço-te no imaginário.

Bar é poesia (Maquillage permanent)



Maquillage permanent



(luiz alfredo motta fontana)






por mais que tente
por menos que olhe
está em tua imagem
espelhos não mentem
aquele negar
aquele fugir
em teus olhos
é maquillage permanent